sábado, 1 de dezembro de 2012

Trabalho Interdisciplinar


Na disciplina de Ensino e Identidade Docente foi proposta a realização de uma atividade em grupo que deveria ser interdisciplinar. O grupo no qual entrei também tinha estudantes de Letras, Sociologia e Física, sendo que eu estudo Biologia. No começo fazer uma atividade envolvendo todas essas disciplinas pareceu muito complicado.
Os primeiros encontros do grupo, durante as aulas, foram utilizados para pensar em como poderia ser essa atividade. Surgiram algumas ideias. Entre elas, uma interessante seria a conexão entre evolução da linguagem, propagação do som, aprendizado da linguagem e como ela está presente e afeta a humanidade.
Apesar de intelectualmente instigante, essa atividade poderia ser muito densa, mas a ideia ainda permanece, quem sabe para um projeto de longo prazo.
O projeto escolhido para ser desenvolvido começou com a ideia de pegada ecológica. A pegada ecológica é uma forma de estimar o nosso impacto ambiental. O conceito acabou gerando ideias em todos os membros do grupo, que conseguiram ver de que forma poderiam encaixar suas disciplinas no projeto.
Assim, com o planeta em mente, as estudantes de Letras pensaram no livro O Pequeno Príncipe, que conta a história de um menino que mora em um planeta muito pequeno, e deve ter todos os tipos de cuidados com seu planetinha.
A Física poderia contribuir com dados sobre nosso próprio planeta, mas foi além, mostrando como nosso planeta pode ser pequeno e frágil quando comparado com outros corpos celestes. O conceito de escala poderia ser transmitido de forma muito interessante.
A Biologia tem um prato cheio quando trabalha com temas ambientais, e assim o conceito de pegada ecológica não precisa de adaptação nenhuma para ser utilizado.
Por fim, os resultados da pegada de cada estudante podem ser utilizados para comparação entre o consumo em países e regiões diferentes. A Sociologia pode se utilizar desses dados de diferentes formas, trabalhando conceitos como cidadania e consumo.
Assim foi pensado o esboço inicial, que já estava bem adiantado em nossas cabeças. Faltava começar realmente. O começo teve de ser bem adiantado, pois um dos integrantes do grupo (eu) não poderia estar presente nas datas escolhidas para apresentação e tivemos que adiantar a data.
Após a apresentação, com os conselhos da professora e dos colegas, percebemos que a atividade poderia ser muito grande para ser dada em apenas 50 min (o tempo estipulado). Agora temos que pensar se mudados a atividade ou o tempo da mesma para mais um período, para não se perder nada.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Uso de Tecnologias


Não lembro bem da primeira vez que utilizei computador, mas provavelmente foi brincando no de algum amigo. Quando era criança fiz alguns cursos de informática que eram disponibilizados em um espaço comunitário da igreja. Eram cursos simples sobre os programas do Office, mas lembro que gostava mesmo era de jogar Mario.
Além desses cursos consegui um computador, e assim o aprendizado digital ficou mais fácil, também com o computador em casa, a internet começou a fazer parte da minha vida, bem como muitos jogos.
Na faculdade utilizei programas de bioestatística, que não conhecia, além dos programas habituais para edição de tabelas, textos e preparação de apresentações. Na disciplina de Ensino e Identidade, utilizei um programa para preparação de mapas conceituais e achei muito interessante, além de ter visto como outros colegas utilizaram diversos programas de maneira muito criativa.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Profissão Docente

O texto que segue é uma resenha sobre um capítulo de livro intitulado Profissão Docente, de Sonia Penin:


A autora aborda o que acredita ser o marco de início da profissão docente, durante o século XVIII em um contexto sociopolítico característico (urbanização, democratização, entre outros).
O movimento de democratização atingiu a escola, com a ideia de uma educação para toda população. A alfabetização da população ocorreu com grande força nos países do norte, enquanto a América Latina, possivelmente influenciada por sua origem ibérica teve uma maioria de países que passaram pelo século XX sem universalizar a educação.
Tomando o Brasil para exemplificar isto, até as décadas de 20 e 30, a educação continuava sendo oferecida a uma minoria favorecida. Como colocado pela autora, na constituição de 34, a obrigatoriedade do ensino já aparece, mas nessa mesma década, apenas pouco mais de metade das crianças brasileiras foram matriculadas na escola.
Esse cenário vai mudando na década seguinte, com a introdução dos sistemas estaduais de ensino, e a consciência que o país começa a tomar sobre seu atraso em relação ao ensino. No final do século o país atinge o percentual de 97% das crianças matriculadas no ensino fundamental, mas isso não seria o fim do desafio, o atraso escolar ainda hoje representa um grande problema a ser resolvido, e certamente não é o único. Penin ainda ressalta que mesmo após diversos avanços, ainda são necessários políticas públicas mais fortes, para se alcançar os parâmetros que seriam considerados aceitáveis dentro de uma nação socialmente justa.
Com o desenvolvimento da democratização da educação, foi também se desenvolvendo a profissão docente, o professor aparece como sujeito do ensino, mas a sua profissionalização ocorre muito depois do que em outras áreas. Somente na LDB de 1996 a legislação nacional formaliza a formação de professores em nível superior.
Na década de 80, já começam a surgir questionamentos tanto sobre o trabalho do professor como dos professores. Esses questionamentos surgem como reflexo de alguns movimentos, como o de ampliação do acesso a escola básica para a população mais pobre (o que trouxe uma grande diversidade para a escola, mudando o que havia até então), o que levou a um aumento na demanda por professores com nível superior (que resultou em um aumento no número de instituições de ensino superior privadas, muitas de baixa qualidade). E também o inicio de um sistema nacional e estadual de avaliação dos alunos, o que mostrou uma baixa eficiência de aprendizagem, que pode ser então relacionada diretamente com a baixa qualidade das escolas. Os professores, principalmente da rede pública, começaram a ser cobrados devido aos resultados ruins.
Penin concorda com as críticas feitas ao modo como a avaliação do ensino foi feita, e o tratamento sempre parcial dado pela mídia nacional ao tema, mas apesar disso escreve elegantemente e justifica porque os professores devem ter tanto métodos de avaliação dos resultados de suas aulas para seu próprio controle, como para o controle da sociedade.
Para muitas pessoas a educação é voltada para suprir o mercado econômico (que  faz parte da vida das pessoas, mas não é A vida das pessoas), e as avaliações feitas sobre a educação também possuem esse viés, que certamente não avalia de forma justa todas as crianças e toda a diversidade que existe entre elas. Aqui deixo dois vídeos que podem clarificar a ideia.

Após essa contextualização histórica sobre como se deu o desenvolvimento da educação e da ideia de profissão docente, Penin inicia uma nova parte do texto, onde aborda de que maneira se dá a construção da identidade docente, ou do profissional docente, pois  a profissionalidade, segundo a autora, pode ser entendida como uma fusão dos termos personalidade e profissão.
Durante o processo que se começa com a formação inicial e segue pela vida com a formação continuada, o sujeito vai se deparar tanto com situações estimulantes como conflituosas, com o processo transformando o próprio sujeito.
No texto consta que para entender a situação de trabalho precisamos compreender condições objetivas (aspectos externos da profissão, como salário e condições do local de trabalho), e condições subjetivas (o que deixa o profissional feliz, triste, comovido, entre outras coisas em sua profissão). Essas condições não são aspectos da profissão que não dialogam entre si, mas sim motivações atuam sinergicamente com resultados finais que podem ser mais positivos ou negativos.
Em pesquisa realizada por Penin, no caso específico da profissão docente, os fatores subjetivos, como a relação com os alunos, parecem ser elementos de satisfação dos professores, já os elementos objetivos, como a baixa remuneração, são considerados como fatores de insatisfação pela classe docente. Outro elemento de insatisfação, só que no campo das condições subjetivas, seria o baixo rendimento dos alunos, relacionado com o objetivo do profissional que é a aprendizagem dos estudantes.
Em uma profissão que parece estar em desequilíbrio, as melhorias nas condições, tanto extrínsecas como intrínsecas é urgente para o bom desenvolvimento das atividades dos professores. Muitos dos problemas são complicados de se resolver sem um profundo comprometimento político, mas outros podem ser resolvidos dentro da própria escola, usando a autonomia já garantida pela legislação vigente. Com isso em mente, a formação continuada surge com grande importância para assegurar a satisfação dos profissionais docentes em seu trabalho.
Novamente, cabe ressaltar que existe uma forte relação entre os fatores objetivos e subjetivos, e que os mesmos não são estáticos no tempo, mas vão mudando conforme a própria estrutura da sociedade muda. Assim, existem problemas históricos que já podem ter sido resolvidos, outros que ainda não foram, e muitos problemas que estão surgindo agora. O conhecimento amplo de todas essas condições é fundamental para entender como se dá a interação do sujeito com sua profissão, e evitar que caia em desencanto com a mesma. 
Na formação inicial do professor ele é exposto e se expõe ao conhecimento sistematizado proveniente de diversas áreas, conhecimentos estes que serão revividos e repensados durante a formação continuada. Além deste tipo de conhecimento sistematizado, o professor e sua forma de trabalho ainda serão afetados por vivências práticas relacionadas ao seu cotidiano e por suas ideologias. O importante é o professor saber que seus conhecimentos sistematizados podem e devem ser sempre reavaliados.
O educador não pode estar fechado a um tipo só de modo de ensino, cada nova aula, cada nova turma, representa um novo desafio, em que os atores escolares trazem novas vivências que devem ter peso no momento da realização da prática do ensino. Essa compreensão pode ajudar o professor na visualização das soluções para os problemas vividos na sua atuação escolar. Enfatizando que problemas estes, serão diferentes de escola para escola, e estarão sempre necessitando de novas formas de solução. 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Identidade e Diferença

O presente mapa conceitual foi baseado no texto "Identidade e Diferença", de Kathryn Woodward. A idea do mapa conceitual foi desenvolvida por Joseph Novak para "organizar e representar o conhecimento, de forma geral". O uso pedagógico fica evidente.


Durante a construção do mapa lembrei de dois vídeos, que acho interessante colocar aqui. No primeiro o apresentador brinca/filosofa com a ideia da identidade pessoal, colocando a mesma em uma perspectiva mais abrangente. O segundo é um brinde, que se fosse visto por sérvios e croatas, hutus e tutsis, católicos e protestantes a história poderia ser outra.
Como eu não sei como deixar os vídeos do youtube "inteiros" aqui no blog, vou deixar o link para cada vídeo abaixo deles.






Vamos ficando por aqui,
Abraços



sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Apresentação

Meu nome é Ronaldo Paesi, sou estudante de Ciências Biológicas na Universidade Federal do Rio Grande Sul. Resido em Porto Alegre desde 2008, quando ingressei na universidade. Sou natural de Farroupilha, cidade que fica na Serra.
Estou no décimo semestre do curso e pretendo me formar no segundo semestre de 2013.
A criação deste Blog faz parte das atividades da disciplina de ensino e identidade docente, e aqui serão postados textos e comentários referentes aos temas abordados em sala.
A docência me parece desafiadora e estimulante, e poder trabalhar discutindo assuntos que eu gosto muito me parece uma bela forma vida.